O colunista Adrián Abonizio, do Diário Deportivo Olé, de Buenos Aires, destaca na edição desta sexta-feira (16/09) da sua coluna ?De Frente?a derrota do Rosario Central para o Internacional. Abonizio compara a quebra da invencibilidade do Rosario para equipes estrangeiras no Estádio El Gigante de Arroyito com a perda da virgindade de uma mulher, e foram os gaúchos, colorados, que levaram esse prêmio a Porto Alegre. O colunista analisou que o time da Argentina não soube se defender com astúcia, mas que os jogadores, para o milagre da revanche, estão bem preparados. Até o jogo de ontem, o Rosario nunca havia perdido em casa para equipes estrangeiras em competiçoes sul-americanas. Confira o artigo na traduzido na íntegra:

Bem preparados para o milagre

A Dama Invisível do Rio foi ferida ontem. A Noiva de Água que só se entregava para o Gigante de Arroyito, ontem perdeu a sua sagrada virgindade com estrangeiros. Foram gaúchos, "colorados" de um tal Internacional os que a forçaram e levaram para Porto Alegre a sua invencibilidade como prêmio. Nunca antes nenhuma equipe a tinha vulnerado, nada pode ser dito. Tristeza profunda a que reinou no Planeta Canalha: os cavaleiros que protegiam sua integridade estiveram longe de cumprir o seu papel. Foram mal ? não tiveram criatividade ? ansiosos e retraídos. Meus soldados, desse jeito não se defende nenhuma mulher. É necessário pensar para ganhar batalhas. Deve-se conhecer as astúcias e evitar o choque frontal com um inimigo habilidoso. Tudo foi muito custoso: passes, lançamentos, laterais. Umas não entraram no primeiro tempo; no segundo não houve nem sombra de perigo. "Estávamos pela metade", disse um torcedor ao sair. "E, com o patrocínio da Tramontina que os brasucas ostentavam?, completou outro. Sonhavam com bombas de festejo na cidade: aquelas não usadas quando ficaram fora do Parque. "Estão chamando o Ñuls de Motor Perkins", desliza um terceiro. "Não entram nem na Nissan, nem na Toyota". Agora, resta esperar pelo milagre da revanche, para isso estamos bem preparados.

Bien forjados para el milagro
 
La Dama Invisible del Río fue mancillada anoche. La Novia de Agua que sólo se entregaba al Gigante de Arroyito, anoche perdió su sagrada virginidad con foráneos. Fueron gaúchos, "colorados" de un tal Internacional los que la forzaron y se llevaron a Porto Alegre su invicto como premio. Nunca antes ningún equipo la había vulnerado, nada se puede decir. Pena honda la que reinó en el Planeta Canalla: los caballeros que protegían su integridad estuvieron lejos de sus cabales. Fueron torpes, pasados de revoluciones, ansiosos, comprimidos. Así no se defiende mujer alguna, soldados míos. Hay que pensar para ganar batallas. Hay que saber de astucias y evitar el choque frontal con un enemigo hábil. Costó horrores todo: pases, centros, laterales. Unas no entraron en el PT; en el segundo ni hubo sombra de peligro. "Estábamos cortados al medio", dijo uno al salir. "Y, con el sponsor de Tramontina que ostentaban los brasucas", retrucó otro. Sonaban bombas de festejo en la ciudad: son las que no usaron los chicos del Parque cuando quedaron fuera. "Motor Perkins, le dicen a Ñuls", desliza un tercero. "No entran ni en Nissan ni en Toyota". Ahora, a esperar el milagro de la revancha, para eso estamos bien forjados.

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