Artilharia pesada no ataque

Os atacantes Diego Forlán e Leandro Damião aterrorizaram as defesas adversárias neste Gauchão e terminam a disputa no topo da artilharia do campeonato. Juntos, eles marcaram quase a metade dos gols do Inter no campeonato. Melhor jogador da Copa de 2010, Forlán reencontrou a sua melhor forma e sobrou na competição – foi o artilheiro, com nove gols. Damião, por sua vez, anotou oito gols e só não alcançou a artlharia do Estadual pelo terceiro ano consecutivo porque o companheiro de posição estava em uma jornada inspirada. O camisa 9 foi o líder de assistência da equipe, com cinco passes que resultaram em gols.

Leandro Damião (E) e Forlán marcaram juntos 17 gols 

No plano ofensivo, destaque também para o atacante Caio, que atuou em 12 partidas – sendo que em nove delas saiu do banco de reservas. O jogador teve personalidade e converteu a sua cobrança na decisão por pênaltis contra o Juventude.

El Maestro

Desde 2008 no Inter, D'Alessandro foi fundamental em mais uma conquista de título. Jogador 'cerebral' do meio-campo colorado, o camisa 10 foi o ponto de equilíbrio do time. Homem de confiança do técnico Dunga, que entregou-lhe inclusive a braçadeira de capitão, D'Ale teve regularidade – só não atuou em dois jogos da campanha –, marcou cinco gols e foi responsável pela criação da maioria das jogadas ofensivas.

D'Alessandro foi um das principais referências do time colorado

Ao lado do meia argentino, o garoto Fred também teve papel importante no sistema motriz do meio-campo do Campeão de Tudo. Com seu vigor e velocidade, o jogador oriundo das equipes de base deu ritmo ao time. Os meias Otávio e Dátolo também foram alternativas para o setor ao longo da jornada no Estadual.

Leões do meio-campo

Postados à frente da defesa, os volantes Airton e Willians cumpriram funções primordiais no esquema armado pelo técnico Dunga. Uma lesão sofrida no primeiro turno atrapalhou um pouco Willians, mas o jogador contratado no início desta temporada recuperou-se e retomou a titularidade para mostrar toda a sua versatilidade. Marcou com eficiência, ajudou na construção das jogadas ofensivas e marcou o gol que garantiu a vaga na final do returno.

Volante Willians conquistou seu espaço no meio-campo 

Airton conquistou a vaga no meio-campo ao longo do campeonato, a partir da lesão sofrida por Josimar, que vinha realizando um grade campeonato (atuou em 13 das 18 partidas). O volante encaixou com qualidade no time e foi um dos pilares defensivos do meio-campo.

Laterais de aço

Gabriel, pelo lado direito, e Fabrício, pelo esquerdo, estiveram em campo em todas as 18 partidas deste Gauchão. Com resistência física invejável, a dupla marcou com eficiência e apoiou no ataque com qualidade, fazendo com que o Inter tivesse constantemente jogadas de profundidade pelas laterais.

Fabrício esteve em campo em todas as partidas do campeonato

Zaga afinada

O Inter foi um time sólido defensivamente ao longo da campanha do tricampeonato, sofrendo apenas 11 gols em 21 partidas. A dupla de zaga conciliou com maestria a experiência de Juan, 33 anos, com a vitalidade de Rodrigo Moledo, 25. Com capacidade técnica de sobra e excelente posicionamento, Juan teve atuações perfeitas, como a protagonizada diante do Lajeadense, pelas quartas de final do returno, quando não cometeu uma falta sequer nos 90 minutos.

Juan esbanjou categoria na zaga colorada

Já Rodrigo Moledo teve na imposição física a sua principal virtude. Preciso no combate aos atacantes, o zagueiro vive a sua melhor fase com a camisa colorada e foi inclusive convocado para a Seleção Brasileira. Além da dupla titular, o Inter teve outros quatro zagueiros que contribuíram na conquista do título: Ronaldo Alves, Alan, Romário e Thales.

Tudo começa com um grande goleiro

Titular absoluto nas últimas temporadas, Muriel foi seguro durante todo o Gauchão, fez defesas importantes e sofreu apenas 11 gols. Na decisão por pênaltis contra o Juventude, fez uma defesa fundamental. Formado nas categorias de base do Clube, o camisa 1 dá sequência à tradição colorada de revelar grandes goleiros.

Muriel foi um gigante sob as traves

Título inesquecível para Dunga

Campeão da Copa América (2007) e da Copa das Confederações (2009) como técnico da Seleção Brasileira, faltava a Dunga um título enquanto treinador de um clube. E ele veio justamente comandando o time que o revelou para o futebol. Por tudo isso, a conquista do Gauchão teve um sabor especial para o técnico, que tem se mostrado um obstinado na busca do sucesso do Inter dentro de campo. "No momento de trabalhar, nós trabalhamos. Temos uma união muito boa e um grupo muito competitivo", destacou Dunga, que foi campeão gaúcho pelo Colorado como jogador em 1982 e 1983.

Dunga conquistou seu primeiro título treinando um clube