Um colorado realizou o sonho de conhecer o Beira-Rio na tarde da última terça-feira. Aos 92 anos, Ludovico Celant é uma história viva do Internacional. Nascido em 1914, no interior de Veranópolis (RS), Celant sempre foi um torcedor apaixonado pelo clube.

Ludovico Celant vivenciou os grandes momentos da história do Inter

A primeira partida do Inter que assistiu foi em 1933 contra o time do Força e Luz, nos Eucaliptos. ?Lembro que o Inter tinha um time muito bom?. Na memória, guarda lembranças de ídolos de sua época: ?O Risada e o Penha eram os melhores daquele tempo?. Celant não viu o ?Rolo Compressor? dos anos 40 entrar em campo porque estava fora do Estado, mas sempre lhe falavam do sucesso do Inter. ?Tinha o Tesourinha, esse jogava muita bola?, lembra.

A conquista do Pan-Americano do México, em 1956, é recordada pelo torcedor de 92 anos. ?Os colorados foram convidados pela CBD para representar a Seleção Brasileira no Pan-Americano do México. Eles voltaram como campeões invictos e uma multidão os saudou em Porto Alegre.?

Durante a visita, o colorado assistiu ao treino dos jogadores da equipe principal e viu o técnico Abel Braga concedendo entrevistas para a imprensa. ?O comandante está fazendo um bom trabalho. Esse ano vamos ser os campeões se o time continuar assim?. Com muita disposição, o torcedor das arquibancadas do antigo Estádio dos Eucaliptos caminhava sorridente pelos corredores do Beira-Rio e encantava-se com os painéis de Falcão e Figueroa, que ilustram o túnel de acesso ao gramado.

?Os gremistas falavam que a construção do Beira-Rio era uma fantasia, que seria uma bóia flutuante?. Com uma capacidade para 56 mil pessoas, o Gigante da Beira-Rio encantou os olhos de seu Ludovico, que encerrou a visita ao estádio com as seguintes palavras: ?Formidável. É uma grandiosidade que o Inter sempre mereceu?.