Olá, Marcos Duarte!

COLORADOS COMEMORAM VITÓRIA SOBRE O AL-AHLY NO BEIRA-RIO

Data: 13/12/2006

André Baibich/Direto do Beira-Rio

A cena era comum. Torcedores colorados vestidos de vermelho dirigindo-se ao Beira-Rio, cantando músicas de incentivo ao Internacional em meio ao ?buzinaço? dos carros na Av. Padre Caçique. O jogo e o local para assisti-lo eram atípicos e especiais. Tratavam-se dos noventa minutos mais importantes da história do Internacional e os colorados reuniam-se no bar ?Gato do Alemão?, localizado dentro do Gigante, para apoiar a equipe do outro lado do mundo na partida contra o Al-Ahly, do Egito.


Colorados reuniram-se na lancheria localizada no Beira-Rio

Entrando no bar, o ambiente era o mesmo das arquibancadas do Beira-Rio em dia de jogo. Os torcedores subiam nas cadeiras do local, girando panos vermelhos e camisetas do clube no ar, entoando as canções que fizeram parte da ?trilha sonora? do estádio durante todo o ano.

Assim que começou a partida, veio o nervosismo. Os colorados levantavam a cada lance de perigo, acompanhando os movimentos do jogo com toda a atenção. O carrinho do jogador egípcio, que acabou nos pés de Alexandre Pato, provocou a mesma reação, com os colorados postando-se atentos ao que iria acontecer. Assim que a bola tocou na rede, a explosão. As cenas de abraços entre desconhecidos, gritando de maneira enlouquecida, eram abundantes.

O gol de abertura do placar foi a senha para a torcida passar a provocar o representante europeu no Mundial Interclubes. O grito de ?Barcelona, pode esperar, que a tua hora vai chegar?, ecoou no bar até o final do primeiro tempo.

Veio o segundo tempo e a confiança da torcida permanecia inabalável. A jogada de Alexandre Pato, fazendo três embaixadas com o ombro do lado direito do gramado, levou os torcedores a loucura. O lance provocou na torcida um grito direcionado a Ronaldinho, do Barcelona, dizendo que o Inter não precisaria do jogador, pois tem Pato como atacante.

Logo depois, veio o susto. O time egípcio empatou em uma cabeçada do atacante Flávio, provocando uma mudança brusca na fisionomia e no comportamento dos torcedores. O jogo passou a ser ainda mais nervoso e o reflexo nos colorados ficava claro pelo ambiente pesado que tomou conta do bar.  

O clima ficou assim até o Inter conseguir um escanteio pelo lado direito. Imediatamente, a torcida levantou-se e ouviram-se vários gritos de ?é agora!?. O levantamento de Ceará achou a cabeça de Luiz Adriano e dali morreu nas redes do Al-Ahly. A torcida colorada explodia mais uma vez.

A partir daí, o ambiente foi de festa. Até o final da partida, os colorados acompanharam de pé os movimentos dos jogadores, vibrando com cada bola tirada da área colorada. Até mesmo o antigo canto ?Papai é o maior? foi entoado pelos colorados, eufóricos com a classificação da equipe para a final da mais importante competição da história do clube.

O otimismo do torcedor é retratado por Milton Vieira Pereira, um dos colorados que acompanharam o jogo no bar e que diz ?nunca ter estado tão confiante? na conquista do Mundial Interclubes. Confiança que é compartilhada por todos os colorados, que esperam tomar as ruas de Porto Alegre no domingo para acompanhar a grande final do torneio, levando consigo o apaixonante ambiente do Beira-Rio, que hoje foi visto nos bares da cidade.

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